São João deve movimentar mais de R$ 250 milhões na economia de Caruaru e gerar mais de 2 mil empregos temporários

Gabriel Pedroza - 02.06.2022 às 17:47h

O São João de Caruaru, de volta após dois anos de suspensão devido à pandemia da Covid-19, deve movimentar de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões na economia local, de acordo com estimativa da Prefeitura de Caruaru. O evento começa neste sábado (4) e segue até o dia 2 de julho.

Um reflexo desse impulsionamento provocado pela festa se refere à criação de postos de trabalho temporários no período. De acordo com o levantamento da Agência Regional do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), no São João desse ano, a tendência é de que haja um acréscimo no quantitativo de empregos temporários contabilizados na ordem dos 30% a 50% em comparação com o mesmo intervalo de 2019, quando foram registrados 1.967 postos do tipo no mercado formal da Capital do Agreste.

A agência aponta como um dos principais fatores para o crescimento no número de oportunidades o retorno em si da festa – suspensa por dois anos seguidos por causa da pandemia de Covid -, com grandes expectativas geradas e acumuladas por parte das empresas contratantes e da população em geral. Tradicionalmente, o período junino é o segundo melhor do ano em termos de contratações temporárias perdendo apenas para o Natal/Réveillon.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa de Caruaru (Sedetec), André Teixeira Filho, os ganhos obtidos pela cidade não se limitam apenas durante a realização da festa. “Eles acabam se estendendo para o segundo semestre dando a possibilidade da nossa economia obter resultados mais expressivos não só em termos de faturamento, mas também em relação à criação de empregos. Estamos bastante otimistas quanto às projeções para este ano”.

No setor de serviços, a demanda crescente também vem provocando a assimilação de mais mão de obra. Com o número de reservas beirando já os 100%, os hotéis da Capital do Forró vêm criando várias oportunidades de emprego temporário.

Na indústria, conforme destacou o diretor regional da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), João Bezerra, não só o setor têxtil, mas também demais segmentos se encontram com as operações em alta com a realização do São João. “Sabemos que o setor têxtil confeccionista é muito pujante na cidade e observamos uma sensível melhora em relação à demanda por vestuários. Entretanto, vale ressaltar que os segmentos de alimentos e de bebidas também se encontram impactados positivamente com a absorção de mais mão de obra”.